Quase todos os países do mundo possuem regras quando o assunto é álcool e trânsito.
São determinados limites (ou nenhum limite) de grau alcoólico no sangue do motorista e estabelecidas punições e procedimentos de fiscalização.
É consenso, afinal, em qualquer canto do mundo, que o consumo de bebidas alcoólicas causa sérios prejuízos à capacidade de uma pessoa dirigir um veículo.
Isso se manifesta mesmo em carros automáticos, que, por não exigirem o controle do pedal da embreagem e a troca de marcha, são mais fáceis de dirigir.
Pois estamos falando de plena atenção, coordenação motora e noção de tempo e espaço.
Tudo isso é fundamental para guiar um veículo sem causar acidentes.
Um dos efeitos do consumo de álcool, por exemplo, é a lentidão nos reflexos.
O que acontece se um pedestre cruza a via repentinamente e o motorista tiver de enviar o pé no freio?
Se ele demorar meio segundo a mais, a diferença pode ser fatal.
Independentemente do comportamento inadequado do pedestre, se ele não tivesse misturado álcool e trânsito, o atropelamento poderia ser evitado.
Esses riscos são ressaltados o tempo todo por especialistas.
O médico Gustavo Magliocca explicou, ao programa Bem Estar, que, além de perder o reflexo, o motorista perde a coordenação motora quando combina bebida e direção.
“Não a coordenação fina, mas a grossa. Isso aumenta e muito as chances de provocar um acidente”, afirmou.
Isso tudo sem contar que muita gente, depois de beber, adota um comportamento negligente, passando a desrespeitar a lei não porque não tem reflexos ou coordenação, mas sim porque o álcool deixa a pessoa confiante de que nada vai acontecer.
Assim, o motorista passa a dirigir em alta velocidade, por exemplo, ou conduzir em vias de sentido único pela contramão.
Essas condutas aumentam – e muito – os riscos de se acidentar.